domingo, 13 de novembro de 2011

Os mistérios da sua mente inconsciente (2ª Parte)

Como o inconsciente pode atrapalhar ou facilitar a sua vida

Sempre que uma pessoa está mentalmente presa a uma situação difícil e não consegue se libertar, ou não consegue reagir de uma maneira favorável, dizemos em PNL (Programação Neurolinguística) que está em um “estado problema” ou em um “estado sem recursos”.
A pessoa sente que não tem a habilidade ou a capacidade que lhe permita lidar com a situação problemática, encontra-se sem recursos e incapaz de pensar claramente ou agir eficazmente. Colocando de outra maneira, ela não consegue ter acesso a neurologia adequada para a tarefa, e assim, o cérebro será incapaz de encontrar uma solução.
Novamente teremos que compreender o que se passa no inconsciente quando isto acontece, a partir daí ficará mais fácil mudar e aumentar o autocontrolo quando se trata de obter comportamentos e atitudes mais harmoniosos e equilibrados.
Junte-se a nós para continuarmos a nossa conversa sobre este tema tão interessante e determinante, próxima segunda-feira dia 14 de Novembro no programa Mais Mulher na SIC Mulher.


Como o cérebro processa informação?
Estruturamos a informação guardada na nossa mente através de nossos cinco sentidos: visão, audição, tacto, paladar e olfacto.
Experimentamos o mundo na forma de sensações visuais, auditivas, cinestésicas, gustativas ou olfactivas. Dessa forma, quaisquer experiências que temos guardado na mente são representadas através desses sentidos que em PNL chamamos de Submodalidades, os blocos menores com os quais estruturamos nossas experiências internamente. Ao lembrarmos ou criarmos qualquer experiência em nossa vida, temos acesso à imagens, sons e sensações internas.
O nosso inconsciente arquiva as nossas experiências subjectivas de acordo com a qualidade da experiência (que deriva das características destas submodalidades) e não de acordo com o tempo. Para fazer isso ele usa distinções de Submodalidades da mesma forma que o diretor de cinema muda a iluminação ou o ângulo da sua câmera, ou nos faz escutar uma determinada música ou ruídos dependendo dos sentimentos que queira despertar em nós. Nossa mente joga com diferentes qualidades de submodalidades, e nós iremos reagir ao resultado final deste “filme interno”!

Geralmente e a título de exemplo, a maior parte das pessoas consegue ter uma lembrança mais agradável se fechar os olhos e visualizar uma cena com imagens em movimento, como se fosse um filme, trazendo-as bem para perto e aumentando a sua luminosidade à medida que se aproximam, fortalecendo o seu colorido. Pelo contrário, a lembrança não será tão agradável ao visualizar-se as imagens paradas, como numa fotografia, em preto e branco, distantes e desfocadas.

Sendo assim, as submodalidades são as variáveis que definem a diferença na informação interna que é processada quando pensamos de forma visual, auditiva ou cinestésica.

Exemplos de Submodalidades
Visual:
cor, luminosidade, tamanho, distância, contraste, velocidade, quadro ou panorama…
Auditivo: volume, tom, duração, velocidade, ritmo, eco, continuidade….
Cinestésico: localização, intensidade, pressão, temperatura, peso, forma, umidade….
(Obs. Esta lista não é completa e não há ordem de importância entre as submodalidades.)

As Submodalidades do ponto de vista da Neurociência
Como as Submodalidades influenciam a função cerebral?

Outro poderoso sistema de codificação da informação, o qual origina as submodalidades, é chamado de codificação da frequência. Basicamente, a codificação da frequência significa o número de vezes que um neurônio ou o caminho neuronal dispara em um dado período de tempo. Quanto maior o número de impulsos por segundo, maior a intensidade do estímulo. Quando o seu dedo toca ligeiramente no tampo de uma mesa, o sistema somatosensorial codifica a intensidade da transação enviando aproximadamente 1 impulso por segundo para o cérebro. Mas, quando o mesmo dedo encosta no queimador de um forno a 300°C, uma mensagem é transmitida numa frequência que ultrapassa 500 impulsos por segundo.
Esse mesmo mecanismo opera no sistema visual. Quando os seus olhos percebem a luz de uma vela num quarto escuro, o cérebro recebe somente alguns impulsos por segundo via os caminhos visuais, enquanto que a retina é capaz de transmitir centenas de impulsos por segundo durante a observação direta do sol.
Assim, quando nós pedimos para alguém para tornar mais clara uma imagem, nós lhe damos um comando para o sistema nervoso aumentar a codificação da frequência de uma imagem existente e, em seguida, aumentar a intensidade das emoções e das sensações codificadas com esta imagem. O contrário é verdadeiro quando nós pedimos para fazer uma imagem ficar mais embaçada ou escura.

Quando a pessoa usa esses termos em sua própria linguagem enquanto descreve uma experiência, ela está de novo fazendo uso das conexões de arrasto entre os circuitos lingüísticos e visuais no seu cérebro.

Na prática como podemos usar esta informação e estas descobertas?
Se prestar atenção a estes processos e compará-los, notará que eles exibem um padrão de organização. Descobrirá que no seu arquivo mental, as imagens podem variar quanto ao tamanho, luminosidade, cor, brilho, etc. Os sons podem variar quanto à altura, timbre, localização, tom, etc. As sensações poderão variar características tais como localização, intensidade, peso, pressão, extensão, textura, etc.

Faça um teste: peça para a sua mente te mostrar a imagem de uma memória de um momento agradável e observe as submodalidades desta imagem… se é brilhante ou opaca? se é colorida ou preto e branco? se é grande ou pequena? se está longe ou perto? se é escura ou clara? se tem movimento ou é parada? se tem som? se tem cheiro?
E agora peça para a sua mente te mostrar a imagem de uma memória de um momento desagradável e observe as submodalidades desta imagem…

Com certeza encontrará diferenças e começará a perceber que pode alterar as submodalidades de uma memória!
As variações de submodalidades das imagens/memórias em determinada experiência podem alterar substancialmente nosso estado interno em relação a mesma, podendo assim surgir recursos úteis na superação de limites.
Todo comportamento humano é resultado do estado no qual estamos e nossos estados são criados por nossas representações internas, então, usando submodalidades distintas, como “imagem grande e perto” versus “imagem pequena e longe”, podemos mudar completamente uma experiência de vida.

Todos nós temos experiências boas e más. O que faz a diferença é a forma como nos lembramos delas e reagimos a essas lembranças. Aprendendo a controlar a mente, poderemos dar um novo colorido à nossa vida e modificar a percepção que temos da situação.

Muitas técnicas de PNL- Programação Neurolinguistica (por exemplo: Padrão Swish e as Linhas Temporais) foram criadas a partir da descoberta das submodalidades e na capacidade de modificá-las.. A nossa mente joga com estas diferentes qualidades às quais chamamos de submodalidades.

Agora as cartas estão na mesa e poderá passar a jogar de forma mais consciente e com maior autocontrolo.
Esta disposta(o) a mudar a sua mente???

Muito Sucesso,
Cris

Peça-nos mais informações sobre as sessões de Coaching com PNL.